Publicado originalmente no Jornal O DIASP (veja aqui!)
Oxford como alma da história
Sob a direção de Iain Morris, a cidade de Oxford assume papel de protagonista tanto quanto os próprios personagens. Mais que cenário, ela se torna parte essencial da trama, conferindo autenticidade e profundidade à narrativa. A fotografia aposta em tons dourados e suaves, ressaltando o caráter histórico e despertando uma sensação de nostalgia. O espectador é conduzido por corredores e praças da Inglaterra clássica, mergulhando em um universo de tradição e refinamento.
Uma condução delicada e precisa
Morris demonstra habilidade ao mesclar, de forma harmoniosa, o frescor da comédia romântica e a densidade do drama. Seu trabalho é marcado por ritmo equilibrado, sem exageros, e por escolhas sutis que dão naturalidade ao enredo. Ao evitar fórmulas desgastadas, o diretor consegue tratar assuntos complexos com sensibilidade, mantendo o público próximo dos personagens e de seus dilemas.
Interpretações que deixam marca
Sofia Carson entrega uma Anna De La Vega cativante — determinada, sonhadora e, ao mesmo tempo, vulnerável. Sua atuação gera empatia imediata. Corey Mylchreest, no papel de Jamie Davenport, equilibra o sarcasmo britânico com emoção contida, criando um contraste encantador com a vivacidade de Anna. Juntos, formam uma química rara e convincente, que sustenta o romance de forma envolvente e memorável.
Um final que reverbera
“Meu Ano em Oxford” é mais que um romance de streaming: é uma homenagem às intensidades da vida, ao amor que floresce mesmo em meio à dor e à urgência que o tempo impõe. Visualmente arrebatador e emocionalmente sincero, o filme oferece ao público uma jornada que mescla beleza, emoção e autenticidade.
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