Publicado originalmente no Jornal O DIASP (veja aqui!)
Durante anos, repetiu-se a mesma pergunta: os e-books vão acabar com os livros impressos? O debate parecia colocar dois mundos em confronto: de um lado, a tradição das páginas impressas; do outro, a modernidade dos arquivos digitais. Mas a realidade, observada de perto, revela algo mais interessante: não estamos diante de uma disputa, mas de uma aliança silenciosa que redefine a forma como lemos.
O e-book, por sua vez, não é inimigo. Ele chegou para ampliar horizontes. Permite carregar uma biblioteca inteira no bolso, ajustar letras para qualquer visão, iluminar a leitura no escuro. Democratiza o acesso e rompe barreiras geográficas: um estudante no interior pode baixar em segundos um livro lançado em Nova York. O digital é inclusão.
O que vemos hoje é um cenário de complementariedade. Há quem prefira estudar com o livro físico e viajar com o leitor digital. Outros escutam o audiolivro no caminho para o trabalho e voltam ao impresso antes de dormir. Longe de uma guerra, vivemos a era da convergência, onde cada formato encontra seu espaço no cotidiano.
No fim, não importa se a história é lida em papel amarelado ou em tela iluminada. O que importa é que ela continue sendo contada. Porque o verdadeiro protagonista não é o formato, mas o leitor.
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